Mozi, também latinizado como Micius (cerca de 470 a.C.-cerca de 391 a.C.), foi um filósofo chinês do período das cem escolas de pensamento, durante o período dos Reinos Combatentes, antes da unificação da China. Nascido no que hoje é Tengzhou, na província de Shandong, foi o fundador do moísmo, que se contrapunha ao confucionismo e ao taoismo.

Sua filosofia enfatizava a autocontenção, a autorreflexão e autenticidade ao invés de obediência aos rituais. Durante o período dos Reinos Combatentes, o moísmo foi ativamente desenvolvido e praticado em muitos estados, mas caiu em desgraça com a ascensão do legalismo, promovido pela Dinastia Qin, que chegara ao poder.

Neste período, os clássicos moístas foram destruídos por ordem do imperador Qin Shi Huang, supostamente queimando centenas de livros e enterrando vivos os estudiosos da filosofia moísta. A importância desta filosofia caiu em favorecimento ao confucionismo, que se tornou a escola filosófica dominante durante a Dinastia Han, quando o moísmo quase desapareceu.

Os principais ensinamentos de Mozi enfatizavam a autorreflexão e autenticidade, ao invés da cega obediência aos rituais elaborados. Ele observou que as pessoas aprendem sobre o mundo através da adversidade. Ao refletir sobre o sucesso e o fracasso, uma pessoa obtém o verdadeiro autoconhecimento ao invés de apenas se conformar com rituais. Mozi exaltava as pessoas que levavam uma vida simples, asceta, de renúncia à extravagância material e espiritual.

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