Mary Mallon ficou também conhecida como "Maria Tifóide" pelo facto de mesmo estando (praticamente) saudável, continuou transmitindo a doença.

Mary emigrou sozinha para os Estados Unidos em 1883. Embora tenha contraído febre tifóide, seu caso foi de gravidade baixa. Seu organismo conseguiu deter os efeitos nocivos da bactéria que causa a doença, mas continuou capaz de transmitir a enfermidade a outras pessoas, ainda que estivesse aparentemente saudável.

Como não detinha grandes qualificações profissionais, trabalhou como empregada doméstica nas vizinhanças de Nova Iorque, exercendo a função de cozinheira entre 1900 e 1907, período em que contaminou dezenas de pessoas. Constatada sua situação, foi isolada em um hospital pelas autoridades sanitárias, tendo sido liberada após 3 anos, com a condição de que não voltasse a manipular alimentos. Entretanto, em 1915 voltou a cozinhar, reiniciando a difusão da doença. Por conta disso, Mary foi confinada numa "quarentena" que durou o resto de sua vida. Faleceu aos 69 anos, vítima de pneumonia. A autópsia revelou que ela continuava uma potencial irradiadora da febre tifoide.

Desde então, "Maria Tifóide" (em inglês, "Typhoid Mary") é um termo usado para designar aquele(a) que, aparentemente saudável, é capaz de transmitir doenças aos demais, especialmente quando se recusa a fazer exames ou a tomar atitudes para minimizar o risco de propagação de moléstias graves.

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