O que o rei da Espanha Carlos III fez para distinguir entre seus navios e os navios do inimigo?
Durante o regime absolutista da Monarquia Borbónica (1714-1833) coexistem três tipos de bandeiras. Quando Carlos III se tornou rei de Espanha em 1759 observou que tanto França, como Nápoles, como Espanha utilizavam idênticos pavilhões navais de cor branca — a cor da Casa de Bourbon —, que diferiam tão só no escudo real que tinha ao centro, facto que provocava problemas de identificação e confusão no mar entre os navios de guerra. Por esta razão ordenou ao seu secretário de estado e do despacho universal da marinha António Valdés e Fernández Bazán que lhe apresentassem alguns modelos de bandeira que fossem visíveis a longas distâncias.
Submeteram-se a concurso doze esquemas que foram apresentados ao rei. Este elegeu dois desenhos: um para os barcos de guerra e outro para os transportes mercantes. Era uma bandeira de três faixas de cor vermelha-amarelo-vermelho, na qual a banda amarela era mais larga o dobro do que as vermelhas. Sobre estas foi ordenado colocar-se as armas reais reduzidas ao quartel de Castela e Leão encimados pela coroa real. Popularmente passou a ser conhecida por rojigualda por causa das cores empregadas: vermelho e amarelo.
Após as Guerras Carlistas é publicado em outubro de 1843 um decreto real que pela primeira vez denomina de "bandeira nacional" a rojigualda, dando continuidade à utilização do quartel de Castela e Leão encimados pela coroa real. Este modelo será utilizado até à Segunda República Espanhola.
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