Os carotenos são um pigmento ubíquo na natureza, inicialmente identificado na cenoura (do inglês "carrot"). Do pigmento ingerido, 10% é absorvido inalterado e transportado ao fígado, sendo o restante convertido, no próprio intestino, em vitamina A. O excesso é excretado pelo cólon e epiderme.

Contudo, quando elevado, o estrato córneo, lipossolúvel, reabsorve e acumula-o, conferindo uma coloração alaranjada à pele. As crianças, quer pela imaturidade dos sistemas de conversão enzimáticos, quer pela dieta e modo de preparação dos alimentos, estão mais susceptíveis a apresentar níveis elevados de carotenos no sangue (carotenemia) e na pele (carotenodermia).

As crianças estão mais suscetíveis que os adultos ao excesso de carotenos no sangue por vários motivos. Em primeiro lugar, a alimentação infantil, até ao primeiro ano de vida, é rica em fruta e vegetais, alimentos ricos em carotenos. Erradamente pode-se assumir que apenas os alimentos de cor laranja são ricos no pigmento. Importa salientar que, independentemente da cor, várias frutas e legumes, assim como a manteiga, o ovo e o leite, sobretudo o materno, são ricos em carotenos. Muitos legumes e frutas verdes contêm até quantidades mais elevadas de carotenos comparativamente às amarelas e laranjas. Nestes, porém, a cor laranja do caroteno está mascarada pela cor verde da clorofila.

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