Qual era o nome do mundo dos mortos para os antigos israelitas?
Sheol, é retratado originalmente como a "região dos mortos" ou "mundo dos mortos" de maneira genérica para toda a humanidade. De acordo com o professor James Tabor, sheol é um lugar de “vazio” que tem suas origens na Bíblia Hebraica (ou Tanach). "Os antigos Hebreus não tinha ideia de uma alma imortal tendo uma vida completa além da vida, nem de nenhuma ressurreição ou retorno da morte. Seres humanos, como os animais do campo, são feitos de “pó da terra” e na morte eles retornam ao pó (Gênesis 2:7; 3:19). A palavra hebraica Alma (Nephesh, grego: Psyche), tradicionalmente traduzida por “alma vivente”, mas mais adequadamente compreendida como “criatura vivente” é a mesma para todas as criaturas viventes e não se refere a nada imortal... Todos os mortos descem ao sheol, e lá eles jazem no sono juntos. Seja bom ou mau, rico ou pobre, escravo ou liberto (Jó 3:11-19). Ele é descrito como uma região “escura e profunda", "a cova," e"a terra do esquecimento", interrupção da vida (Salmos 6:5; 88:3-12). Essa idéia do sheol é negativa em contraste com o mundo da vida e da luz acima, mas não há noção de julgamento ou recompensa e punição. Se se encara situações extremas de sofrimento no mundo dos vivos acima, como aconteceu com Jó, o sheol pode ser visto como um alívio bem-vindo à dor - basta ver o terceiro capítulo de Jó. Mas, basicamente, ele é um tipo de “nada”, uma existência que é praticamente uma inexistência, na qual a sombra do antigo ser próprio sobrevive. (Salmos 88:10).
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