Tea (chá, em inglês) deriva da abreviatura de Transporte de Ervas Aromáticas. As palavras acima descritas estavam gravadas nas caixas que a portuguesa Catarina de Bragança levou para Inglaterra, juntamente com o dote oferecido por ocasião do seu casamento com Charles II. Dentro desta caixa estavam folhas destinadas a fazer chá.

Em Portugal, a ingestão de chá já era um hábito dos mais ricos, muito antes de a filha de D. João IV partir rumo às ilhas britânicas, tendo sido ela a responsável pelo enraizamento deste costume na sociedade inglesa. Uma vez apresentado com todo o seu ritual de elegância e delicadeza, o cerimonial do chá passou a ser associado à alta aristocracia, pelo que passou a ser copiado por aqueles que desejavam estar perto ou movimentar-se na mesma esfera que as classes mais altas da sociedade inglesa.

Por isso, esqueça a ideia do chá das cinco como tradição britânica. Foi Catarina de Bragança quem introduziu o hábito nas ilhas britânicas e Portugal, com as suas ligações culturais a todo o mundo — neste caso o Japão, de onde chegavam as maravilhosas folhas de chá — esteve na génese de um costume que julgávamos ser inglês.

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